Filosofia de Banheiro

Filosofia de banheiro

Todo mané - antigamente chamados de poetas - tem ao menos uma inspiração. No meu caso, você. 

A primeira palavra que tu me disse foi "amarelo", a segunda; "tchau!". E na verdade nem era comigo. Melhor assim! Não é bom que algo sem começo, acabe. 

Não há flor no mundo, poesia ou prosa nas folhas de papel, beijos que eu mereça na boca, noites em claro que eu não adormeça, fruto que eu colha no Éden, fenômenos que provoque, que representem o que eu sinto por ti. As flores são apenas prévias, poesias são viajens, beijos são sonhos, noites em claro é metáfora, frutos são consequências, fenômenos são inexplicáveis e o que eu sinto mesmo, é tão precioso que deve ser mantido em segredo entre nós. 

O que eu sei é que quando anoitece eu penso em como tu dormes, quando amanhece em como tu acorda, no entardecer em quando meu telefone vai tocar. É por isso que quando estou contigo, falo sem pensar, não há mais o que imaginar. 

Não vai passar, não vai mudar, não vai-se ao léu a esquecer. No mínimo, crescer. Deixem-me morrer ao saber que não estás aqui, sacrificar-me a correr ou voar pra te ver, deixe que eu te ame mesmo que de longe. 

Eu só aceito a condição de ter você só pra mim. Ou você aprende a me amar, ou me ensina a te esquecer.