"Oi, irmão. Você é pequeno, não sabe o que faz, não têm muita consciências das coisas. E nisso, somos iguais.
A diferença é que eu tenho que lidar com o peso e consequência das coisas, enquanto você lida com as palmadinhas da mamãe e os gritos do papai. E já que isso sara rápido, erre. Erre muito agora. Erre rindo.
Com o passar do tempo, você vai perceber que as pessoas são falhas, e todas verão isso em ti, mas em si mesmo é muito difícil de ver. É como o cabelo assanhado, por exemplo. Ou, como quando você vestia a camisa do avesso, lembra? Se eu soubesse que te ver com a camisa do lado avesso era engraçado, eu teria rido em vez de gritar contigo. E hoje nunca mais vou ver, nem rir, nem gritar, nem sussurrar, nem te (e me) decepcionar.
Depois - ou antes - de você entender que as pessoas compreendem mais as falhas alheias, você vai perceber que muitas vezes pequenas fissuras derrubam impérios gigantes, e um dia você vai entender que não estou falando somente das coisas físicas.
Um dia, neném, você vai ver que existem coisas que não voltam atrás de maneira nenhuma, e que por mais que você se esforce pra re-alcançá-las, para mais distantes elas vão. Por várias vezes, suas atitudes desesperadas para uma nova oportunidade, vão assustar seus objetivos. Objetivos, pessoas.
Além disso, lembre-se bem de conseguir se perdoar.
Eu sei que, você não tem idade suficiente pra entender o que levou uma pessoa tão amada e tão querida, pro fim. Eu te digo mais ou menos o que é: é que o fim, muitas vezes, é uma maneira de ser recomeçar. Você não sabe o que tem do outro lado, mas... o que poderia ser pior?
Maninho, que você viva até morrer. Eu te amo muito. Me perdoa."
Att,
Autor Desconhecido, porque nunca se encontrou.
Preciso de ti. Aparece. (Tua menina)
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